ainda ontem

Coleção Des.gráfica/2017, Museu da Imagem e do Som de São Paulo, São Paulo, Brasil, 2017
66 páginas
20×28.5cm

 

“Ao longo das minhas reflexões sobre Ainda Ontem, demonstrei como Koshino estrutura uma narrativa de utopia queer, na qual justapõe gênero, raça, desejo e geografia, para navegar por uma história tanto de rejeição queer quanto de suas afiliações à diáspora japonesa no Brasil. Koshino brinca com as fronteiras formais do meio dos quadrinhos, experimentando com sua materialidade; dessa forma, convida o leitor a seguir as linhas do desenho, a desviar-se dos caminhos retos e a parar na temporalidade turbulenta do que é intermediário, provocada pela rejeição, perda e utopia.”

Andrea Aramburú Villavisencio, Gestos de utopía “queer”: La estética “queer” de la diáspora japonesa brasileña en “Ainda ontem” (2017) de Taís Koshino

Uma decisão sem possíveis escolha, os dias permanecem o mesmo, ainda ontem parecia diferente. Esse quadrinho foi selecionado pela convocatória Des.gráfica de 2017, realizada pelo Museu de Imagem e som de São Paulo (MIS/SP). Foram impressas 50 cópias com capa dura em serigrafia.
Em um universo distópico, as crianças nascem e par e, como ritual de passagem para o mundo adulto, cada uma deve escolher uma cor. O que pode acontecer se o par não chegar a um acordo e um deles não consegue seguir em frente? A protagonista continua vivendo em sua memória mais afetuosa mas agora está sozinhe. As páginas são compostas por fotos de jornal ampliedas cobertas por tinta acrílica onde o desenho foi colocado. As fotos foram retiradas de um jornal nipo-brasileiro que meus avós assinavam e após a morte deles, o jornal continuou chegando na casa dos meus pais, foi difícil cancelar a assinatura. As páginas são painéis sem requadros, a leitura da narrativa segue as linhas do desenho. Esses dois aspectos criam um ritmo parecido uma confusão mental ou uma memória estranha.

disponível pt/en


Coleção Des.gráfica/2017, Museu da Imagem e do Som de São Paulo, São Paulo, Brazil, 2017
66 pages
20×28.5cm

“Throughout my reflections on Ainda Ontem, I have demonstrated how Koshino frames a narrative of queer utopia in which gender, race, desire, and geography are juxtaposed to navigate a story of both queer rejection and affiliations with the Japanese diaspora in Brazil. Koshino plays with the formal boundaries of the comic medium, experimenting with its materiality; in this way, they invite the reader to follow the lines of the drawing, to stray from straight paths, and to pause in the turbulent temporality of the in-between, provoked by rejection, loss, and utopia.”

Andrea Aramburú Villavisencio, Gestos de utopía “queer”: La estética “queer” de la diáspora japonesa brasileña en “Ainda ontem” (2017) de Taís Koshino

A decision without possible choices, the days remain the same, still yesterday seemed different. This comic was selected by the Des.gráfica open call in 2017, promoted by Museum of Image and Sound of São Paulo (MIS/SP). It was printed 50 copies with hardcover. In a dystopic universe, the children are born in pair and they must choose a color to go to the adult’s word. What can happen if a pair doesn’t come to an agreement and one of them can’t make through? Our protagonist keeps living the same day in their* favorite memory but now they* is alone. The pages are composed of newspaper’s photographies amplified covered with a spot of white ink where the drawing is placed. I collected these photos from a Brazilian-Japanese newspaper that my grandparents subscribed and after they died it kept arriving at my parent’s house, it was a hard task to unsubscribe. All the pages are splash pages without line frames, the narrative must be read as the drawing leads the eye. Bofh aspects create a flow that is similar to a confused or misplaced memory.
*the pronouns are in the third person plural because the characters have no gender.

available pt/en