lastros

vídeo (cor/som), 3:07, cerâmica, dimensões variadas, Arduino, lâmpadas LED, 2023

lastros é uma videoinstalação que busca criar um diálogo entre o mergulho no mar e o para dentro de si. A obra apresenta, no centro, uma 石いかり (ishi ikari) – lastro que antigamente era usado pelas ama (海女), tradicionais mergulhadoras japonesas – e, no vídeo, um mergulho no qual a respiração é o lastro para submergir em si. A 石いかり foi modelada em argila a partir de uma pedra encontrada na casa de meus pais, meu lar, e, em interior da cerâmica há uma luz que pisca em um ritmo lento. O vídeo é composto por uma animação de um mergulho no mar, fragmentos de vídeos – gravados desde 2015 em diferentes praias do mundo, e uma narração escrita que nos guia para a percepção da respiração como um lastro da prática meditativa. A relação íntima e milenar das ama com o oceano nos apresenta uma narrativa construída a partir da coleta. A obra é também um convite para nos lembrarmos das ligações intrínsecas entre a atenção a nosso mundo interior e a preservação ambiental.

Fotos: Ricardo Mangolin


Video (color/sound), 3:07, ceramics, varied dimensions, Arduino, LED lights, 2023

Lastros is a video installation that creates a dialogue between diving into the sea and diving within oneself. The work features, at its center, a 石いかり (ishi ikari) — the ballast that was once used by the ama (海女), traditional Japanese divers — and, in the video, a dive in which breathing becomes the ballast to submerge into oneself. The 石いかり was sculpted in clay based on a stone found at my parents’ house, my home, and inside the ceramic, there is a light that pulses at a slow rhythm. The video consists of an animation of a sea dive, fragments of videos — recorded since 2015 on different beaches around the world — and a written narration that guides us toward perceiving breathing as a weight in meditative practice. The intimate and ancient relationship of the ama with the ocean presents us with a narrative built on gathering. The work also invites us to remember the intrinsic connections between paying attention to our inner world and environmental preservation.

Photos: Ricardo Mangolin